Carris demite 29 funcionários não concursados, sindicato questiona

A Companhia Carris Porto-Alegrense, uma das empresas de transporte público sobre ônibus de Porto Alegre, anunciou nesta terça-feira, 23 de julho, a demissão de 29 funcionários contratados sem o concurso público.

A empresa informou que eles haviam sido admitidos antes a promulgação da Constituição Federal de 1988, que determinava a obrigatoriedade dos concursos.

As contratações dos empregados foram questionadas pelo Tribunal de Contas do Estado, na década de 1900. Na época, mais de 1,1 mil funcionários foram desligados da empresa.

A atual gestão identificou 31 casos remanescentes daquela época. Dois funcionários pediram a demissão.

Um processo administrativo disciplinar chegou a ser instaurado pela empresa, para que os funcionários apresentassem documentações que comprovassem a realização do concurso. Com o fim do prazo, os trabalhadores foram desligados.

O Sindicato dos Rodoviários também foi notificado, e uma parceria com o Sine, para orientação profissional, está em planejamento.

Trabalhadores demitidos por justa causa

O sindicato que representa a categoria questionou a medida. O presidente Adair da Silva informou que as demissões foram por justa causa e disse: “Pessoas com mais de 30 anos trabalhando na Carris, viviam mais na Carris do que nas suas casas. Se botassem para a rua, mas pagassem 13º salário, fundo de garantia, não ia nem questionar, porque está na lei”.

“Tem 10 [funcionários] que já estavam afastados por doença e 19 na ativa”, afirmou Adair da Silva.

Ainda, segundo ele, os funcionários desligados eram da portaria e manutenção, além de cobradores e motoristas.

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