Metroviários da Trensurb anunciam paralisação de 24 horas na segunda, dia 8

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Trem da Trensurb
Foto: Divulgação/Trensurb
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Durante uma assembleia realizada neste domingo, 7 de maio, os metroviários da Trensurb decidiram manter a paralisação de 24 horas prevista para esta segunda-feira, dia 8 de maio.

No entanto, a Justiça do Trabalho de Porto Alegre concedeu uma ação de interdito proibitório para preservar o patrimônio e o livre funcionamento da empresa durante a mobilização.

A decisão proíbe os metroviários de invadir ou ocupar a via dos trens, impedir a compra de bilhetes e liberar as catracas. Em caso de descumprimento, o Sindimetrô estará sujeito a uma multa de R$ 100 mil.

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A Trensurb reforçou que está fazendo esforços para garantir a prestação do serviço e que a Metroplan e a EPTC se comprometeram a reforçar os horários das linhas de ônibus nas cidades atendidas pelo trem.

Durante uma audiência mediada pelo TRT4, representantes da Trensurb se comprometeram a levar ao Conselho de Administração a possibilidade de revisar uma decisão administrativa relacionada ao pagamento de adicionais de risco e de periculosidade aos agentes de segurança.

O presidente do Sindimetrô RS, Luiz Henrique Chagas, explicou que a categoria repudia o projeto de privatização da estatal, chamado de “tragédia anunciada”.

A Trensurb transporta cerca de 110 mil passageiros por dia e o Sindimetrô salienta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não retirou a Trensurb do Plano Nacional de Desestatização (PND).

Chagas afirmou que os sindicalistas não vão coagir funcionários da Trensurb a aderir à greve.

Trensurb

Veja abaixo o comunicado divulgado pela Trensurb por meio de suas redes sociais:

SINDIMETRÔ RS

Leia abaixo na íntegra a nota divulgada pelo Sindicato dos Metroviários sobre a paralisação:

“Vai ter greve! Estamos enfrentando um momento crítico, de descumprimento do nosso acordo coletivo e muitas incertezas. Nossa certeza é a luta e a urgência para cobrar respostas do governo federal sobre o futuro da Trensurb pública.

Hoje em pleno domingo à tarde, cerca de 150 trabalhadores estavam presentes e reafirmaram a decisão coletiva e unânime pela paralisação total a partir da zero hora do dia 8 de maio. A decisão pela greve ocorreu em assembleia no dia 28 de abril, e desde lá, tivemos duas reuniões de mediação no SRTE e uma no TRT-4 ontem. A Trensurb se manteve irredutível.

Desde abril, a empresa retirou o adicional de risco de vida do setor da segurança. A medida é arbitrária e antidemocrática, pois é uma conquista histórica da categoria, assegurada pelo nosso acordo coletivo. Havia a expectativa de avanço na garantia do restabelecimento do direito dos trabalhadores, após a reunião de ontem no TRT-4, mas até o horário da nossa assembleia, não se confirmou. Seguimos sem respostas.

Estamos em mobilização há meses em contato direto com representantes do governo Lula, parlamentares para sabermos o futuro da Trensurb pública. Nossa greve é legal, uma decisão democrática prevista em lei. Estamos amparados e precisamos de todo apoio possível no momento!

É nossa última alternativa após diversas outras formas de negociação e diálogo com a Trensurb e com o governo federal. O nosso futuro está em jogo. Nossos empregos e o serviço de qualidade que prestamos à sociedade gaúcha.

Sabemos que a concessão significa o aumento da tarifa e a piora do serviço essencial à população gaúcha. Exigimos uma ação imediata do governo federal para a retirada da Trensurb da lista de privatizações.”

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