Nesta quinta-feira (20/06), o transporte coletivo em Santa Maria enfrentou uma paralisação de três horas pela manhã, iniciada por cerca de 40 funcionários que bloquearam a saída de ônibus da empresa Centro-Oeste no bairro Camobi.
A ação afetou significativamente pelo menos 12 linhas, incluindo Universidade, Camobi-Ferrari, São José-Carolina e Circular, embora ônibus de outras empresas tenham continuado operando na rota da Universidade.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Veículos Rodoviários de Santa Maria e Região (Sitracover-SM), Rogério Costa, em entrevista à rádio CDN 93.5 FM, destacou que a paralisação foi motivada pela ausência de um acordo concreto sobre reajuste salarial para os funcionários, que estão há cinco meses sem revisão nos salários.
Ele expressou a preocupação da categoria com a defasagem salarial acumulada, estimada em 36%, exigindo uma correção com base na inflação do período (3,82%) mais um aumento real de 6%.
Por outro lado, o secretário de Mobilidade Urbana de Santa Maria, Orion Ponsi, chamou a situação de “desconfortante” para os trabalhadores dependentes do transporte coletivo.
Ele assegurou que os salários dos funcionários estão em dia e anunciou que projetos para resolver a questão serão enviados ao Legislativo até sexta-feira (21/06).
Ponsi também descartou a possibilidade de aumento nas tarifas de ônibus, garantindo que o subsídio municipal às operadoras será mantido, o que sustenta o valor atual de R$ 5 em dias úteis e R$ 4 nos fins de semana, sem alterações previstas.
Assim, a paralisação, embora breve, expôs as tensões entre os trabalhadores e as autoridades municipais quanto às condições salariais e operacionais do transporte coletivo em Santa Maria, destacando a importância do diálogo contínuo e das medidas concretas para resolver o impasse e evitar novos transtornos à população usuária do serviço.