O ano de 2019 terminou com 75 mortes no trânsito de Porto Alegre, o mesmo número de mortes de 2018, conforme levantamento da Empresa Pública de Transporte e Circulação.
O dado reforça a antecipação da meta de redução de vítimas fatais estabelecida pela Organização das Nações Unidas para a Década de Ação no Trânsito (2010-2020), que estabeleceu uma projeção de, no máximo, 76 mortes para 2020 em Porto Alegre.
A redução na década acontece mesmo com o aumento da frota, atualmente 847 mil veículos, entre eles 86 mil motocicletas.
Em 22 anos, esta é a quarta vez que Porto Alegre registra menos de 100 vítimas fatais (92 em 2016, 90 em 2017, 75 em 2018 e 75 em 2019). Em 1998, quando a Empresa Pública de Transporte e Circulação começou a gerir o trânsito, 199 pessoas tinham morrido em razão de acidentes de trânsito.
Os acidentes aumentaram 7% (12.144 em 2018 contra 13.075 em 2019) e os feridos subiram 9% (5.056 em 2018 contra 5.529 em 2019).
O secretário extraordinário da Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello, avalia o quadro da acidentalidade: “É evidente que devemos lamentar qualquer acidente de trânsito, ainda mais quando ocorrem feridos e, sobretudo, vítimas fatais. Mas, mesmo com o aumento da frota, o número de mortes não avançou, permanecendo o mesmo de 2018, atendendo as projeções de metas de contenção estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para o nosso trânsito.”
Na avaliação de Rodrigo Tortoriello, a manutenção dos números de mortes no trânsito demonstra avanço no processo de conscientização das pessoas para uma circulação com menos riscos. “No entanto, o aumento da acidentalidade é um indicativo da necessidade de reforçar as ações de fiscalização e de educação, com o objetivo de envolver, com mais intensidade e consistência, os condutores, e igualmente os pedestres, na missão por um trânsito com relações mais cordiais, de um maior comprometimento das pessoas na missão preventiva pela redução de riscos no dia a dia da circulação”, observa.
O diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação, Fábio Berwanger Juliano, afirma que a contenção no número de mortes no trânsito é resultado do esforço conjunto da sociedade na missão por um trânsito mais seguro: “Nosso trabalho, de acordo com as metas reforçadas pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior, é buscar sempre a prevenção, com medidas permanentes de educação, fiscalização e engenharia de tráfego”, observa.
Segundo ele, para conter o número de vítimas fatais, mesmo com aumento de veículos, tem sido fundamental a parceria entre Empresa Pública de Transporte e Circulação e demais secretarias do município, como a Saúde, pelo Programa Vida no Trânsito, além da Brigada Militar, Departamento Estadual de Trânsito, Polícia Civil, Secretaria Estadual da Saúde, Guarda Municipal, Polícia Rodoviária Federal, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, entre outros órgãos públicos e privados, assim como uma maior conscientização do público em geral.
“Em 2020, vamos novamente priorizar ações educativas envolvendo motociclistas e pedestres, dois segmentos bastante expostos à acidentalidade, principalmente os idosos, no caso de atropelamentos, além de ações de fiscalização em relação ao excesso de velocidade e álcool ao volante”, esclarece.