Frio causa rachadura nos trilhos da Trensurb

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Estação Fátima
Foto: Divulgação/Trensurb
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A operação da Trensurb estava afetada na manhã desta sexta-feira, dia 26 de junho de 2020, por conta de um problema nos trilhos.

De acordo com a empresa, entre 9h55 e 11h38, os trens circularam em via única, em ambos os sentidos, entre as estações Canoas e Fátima, em razão da rachadura de trilhos entre essas estações, causada pelo frio.

A ocorrência gerou atrasos de 3 minutos na operação.

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A Gaúcha divulgou uma nota da Trensurb onde a empresa explica detalhadamente o que aconteceu na manhã desta sexta-feira. Leia abaixo na íntegra:

“Sobre a via única desta manhã: As vias dos sistemas metroferroviários normalmente adotam trilhos longos soldados para permitir uma circulação mais suave dos trens, proporcionando mais conforto aos passageiros. No caso da Trensurb, as barras de trilhos, em geral, com 18 m de comprimento, são soldadas continuamente através do processo aluminotérmico. Em todo o sistema, são aproximadamente 15 mil soldas em 180 km de trilhos.

Como todos os elementos metálicos, os trilhos sofrem alteração de dimensões com a variação de temperatura. Na via, as regiões de solda são os pontos mais vulneráveis, principalmente por constituírem pontos de descontinuidade de material, que absorvem os esforços decorrentes das variações de temperatura, além daqueles originados pela aceleração e frenagens dos trens.

Além de inspeções diárias na via, a Trensurb também tem adotado medidas para melhorar a qualidade dos processos de soldagem de trilhos, utilizando equipamentos de ultrassom, porém, quando ocorrem grandes quedas de temperatura, os trilhos tendem a se contrair e produzir tensões sobre as soldas. Quanto maior for a variação da temperatura maiores são essas tensões.

O que ocorreu na Trensurb foi consequência da grande variação de temperatura (a máxima no dia 24 foi de 30ºC e a mínima na madrugada do dia 26 chegou aos 8ºC).

É importante destacar, também, que o serviço não deixa de ser oferecido aos passageiros em virtude dessas ocorrências. Situações desse tipo fazem parte da rotina ferroviária – alterar horários e/ou prestar o serviço em via única. Nesses casos, a estratégia operacional buscou a melhor alternativa na prestação do serviço, de forma a minimizar o impacto na vida do usuário. Situação semelhante atinge não somente metrôs e ferrovias no Brasil; temos registro de ocorrências desse tipo em todo o mundo, inclusive, por exemplo, no metrô de Washington, durante o último verão no hemisfério norte.”

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