Trensurb promove debate sobre discriminação racial no contexto político atual

A Trensurb realizou um importante seminário focado na discriminação racial da população negra no atual cenário político brasileiro. A iniciativa, promovida durante o Mês da Consciência Negra, reuniu representantes do movimento negro para estimular o debate interno sobre as questões raciais e sua relação com a realidade social e política do país.

Debate sobre discriminação racial na Trensurb

O seminário “Mês da Consciência Negra: Discriminação racial da população negra no atual contexto político” aconteceu no auditório da empresa e contou com a organização do Setor de Responsabilidade Social em parceria com o Núcleo de Apoio à Diversidade. Três representantes do movimento negro participaram do encontro: a socióloga Vera Rosane Rodrigues de Oliveira, aposentada da UFRGS e integrante de organizações antirracistas; o ativista Emir Silva, membro da Executiva Nacional da A Nossa Luta Unificada e do Movimento Negro Unificado. E a consultora Letícia Casanova, especialista em gestão de pessoas, diversidade e práticas ESG.

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  • Para iniciar as discussões, exibiu-se o curta-metragem Vista Minha Pele (2003), de Joel Zito Araújo, que aborda o racismo por meio da inversão dos papéis sociais entre pessoas negras e brancas. Vera Rosane Rodrigues criticou o caráter individualizante das soluções apresentadas na obra, ressaltando que as soluções para a discriminação racial devem ser coletivas, pois o problema é estrutural. Ela também destacou episódios de omissão histórica e social contra a população negra. Enfatizando a importância das políticas de ação afirmativa, como cotas sociais e raciais, para combater as desigualdades.

    Impactos da discriminação racial e desigualdades sociais

    O ativista Emir Silva resgatou a origem do Movimento Negro Unificado e comparou as realidades de Porto Alegre e Salvador, relacionando as desigualdades raciais à precarização do trabalho. Ele alertou para a situação atual, que considera uma barbárie mundial. Onde a diminuição da renda e o aumento da disputa afetam ainda mais a população negra, que já enfrenta marginalização.

    Letícia Casanova abordou a disparidade entre a igualdade formal e a realidade vivida pela população negra, destacando o impacto psicossocial da exclusão. Ela reforçou a necessidade de políticas afirmativas para garantir o acesso a direitos básicos, como saúde, educação e segurança, que não devem ser vistos como favores, mas como direitos essenciais. Segundo Letícia, o sistema cria uma lógica excludente, como se não houvesse espaço para todos.

    Feira Solidária e Popular das Mulheres Negras na programação do mês da Consciência Negra

    Como parte das ações do Mês da Consciência Negra, a Trensurb sediou a Feira Solidária e Popular das Mulheres Negras no saguão do prédio administrativo. A feira contou com a exposição de artesanatos, acessórios, itens de decoração natalina, produtos feitos à mão e livros.

    Laura Fernandes, uma das expositoras, destacou que o artesanato carrega ancestralidade e representa uma forma de resistência e geração de renda. Especialmente para mulheres chefes de família. Ela também ressaltou a receptividade da Trensurb para a iniciativa.

    Conclusão sobre o combate à discriminação racial na Trensurb

    A Trensurb demonstra compromisso com o combate à discriminação racial ao promover debates e ações que valorizam a diversidade e a inclusão. O seminário e a feira solidária reforçam a importância de enfrentar as desigualdades estruturais. E promover políticas afirmativas para garantir direitos e oportunidades à população negra. Essas iniciativas contribuem para ampliar a conscientização interna e fortalecer a luta contra a discriminação racial no ambiente corporativo e na sociedade em geral.

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