Ciclovias de Porto Alegre: a realidade das infraestruturas cicloviárias

O geógrafo Douglas Costa Strege analisou a crítica situação das ciclovias na área central de Porto Alegre, destacando a falta de manutenção, conectividade e segurança dessa infraestrutura. As informações são da UFRGS.

O planejamento urbano da cidade, historicamente voltado para o automóvel, contribuiu para problemas de mobilidade que afetam usuários de modos de transporte alternativos, como os ciclistas.

Embora o Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI) de 2009 previsse a construção de 495 quilômetros de ciclovias em 12 anos, apenas 86 quilômetros foram efetivamente realizados até agora, representando apenas 17,4% da meta.

A pesquisa de Strege, realizada entre fevereiro e abril de 2024, utilizou o Índice de Avaliação de Qualidade de Infraestruturas Cicloviárias (QualiCiclo) para avaliar 24 quilômetros de ciclovias, revelando que 56% dessas vias são classificadas como ‘insuficientes’.

Os principais problemas identificados incluem trechos estreitos, pavimentação irregular, sinalização precária, desconexão entre ciclovias, falta de iluminação e obstáculos, além de uma gestão municipal que negligencia o investimento em modais não motorizados.

A ciclovia da Avenida Ipiranga, por exemplo, permanece fechada desde setembro de 2023 em vários pontos sem previsão de reabertura.

Essas condições afastam Porto Alegre de uma mobilidade urbana mais sustentável e acessível.

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